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Aposentada vende farofinhas gourmet para ajudar no tratamento de 1,5 mil pessoas com HIV no DF

Atualizado: 12 de mar.



Farinha, manteiga e cebola se transformam para além de farofa quando se encontram nas panelas da "vovó" Vicky Tavares. É por meio da venda do quitute, oferecido em 18 sabores, que ela consegue custear lanches de 1,5 mil pessoas que precisam medir carga viral de HIV mensalmente em cinco hospitais públicos de Brasília. Por mês, a produção atinge cerca de 150 kg. Há até um delivery do alimento.


"Mas o principal ingrediente é realmente o amor", afirma a aposentada. "Esse nunca falta. Eu não tenho HIV no meu sangue, mas tenho no meu coração."

A ideia de vender as farofas surgiu quando Vicky procurava uma forma de garantir renda extra para a ONG Vida Positiva. A instituição foi fundada há 11 anos, depois de a idosa se inquietar com a falta de tratamento humanitário a pessoas que sofriam com complicações do HIV-Aids. Foi um filho quem apontou o "caminho": "ninguém faz uma farofa igual a sua".


Desde então, Vicky conseguiu apostar em vários sabores, além do "tradicional". Há também farofas de castanha do pará, castanha de caju, nozes, banana, pimenta, chocolate, passas, ameixa, damasco, chocolate, Doritos, churrasco, batata palha, torresminho e MIX (com misturas de granola com vários tipos de castanhas, damasco ou ameixa).


Um pote de 140 g custa R$ 10; um de 250 g, R$ 15; um de R$ 500, R$ 25. De acordo com Vicky, o lucro de um pote maior é suficiente para a compra de um lanche.


Além disso, o dinheiro também é revertido na manutenção da ONG – além de voluntários, há 11 funcionários contratados, mais custos de água, energia elétrica e aluguel.


"Eu dependo desse dinheiro para pagar o aluguel. Todo dia temos uma batalha pela frente", explica Vicky.


Vida Positiva


O instituto funciona em uma casa na 711 Sul e atende crianças e jovens com idades entre 7 e 22 anos. O grupo tem alimentação completa, banho, remédios, transporte para escola e acompanhamento em atividades esportivas. Dos atendidos, 16 têm assistência integral. Cinco moram no local.



Fonte: Raquel Morais para G1 DF

Fotos: Raquel Morais

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